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sábado, 11 de agosto de 2012

De desacreditadas à bicampeãs!

Após uma suada classificação em quarto lugar do grupo B com sete pontos conquistados em cinco jogos e o desequilíbrio em quadra durante algumas partidas na fase inicial, a seleção feminina de vôlei do Brasil mostrou que o espírito guerreiro apresentado na épica vitória sobre a Rússia nas quartas-de-final em Londres se manteve até o fim e, na tarde deste sábado, derrotou os Estados Unido na grande final e faturou o bicampeonato olímpico na modalidade.


A vitória na final por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20, 25/17) mostra que os Estados Unidos não são imbatíveis. E que José Roberto Guimarães é o único dos 200 milhões de brasileiros capaz de encher o peito e dizer que tem três ouros em Olimpíadas. Para um grupo tão acostumado a viradas heroicas, nada mais adequado do que festejar a conquista trocando o tradicional peixinho por cambalhotas em série no chão da quadra, diante de um ginásio lotado e eufórico.


- A gente joga por amor. Sabemos que em alguns momentos a gente não conseguiu fazer o melhor e as críticas foram importantes pra gente ver que as pessoas acreditavam na gente. Não posso deixar de agradecer a esse grupo que foi incrível. Nas horas mais incríveis, a gente se uniu, se honrou - disse a líbero Fabi


Repetindo Pequim 2008, as meninas, comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães, não deram chances para as norte-americanas e mostrou uma força simultânea no ataque e na defesa.

Com o resultado, o técnico Zé Roberto Guimarães se torna o primeiro tricampeão olímpico da história do Brasil, com os títulos em Barcelona 92, Pequim 2008 e Londres 2012.


A trajetória dessa Seleção em Londres teve nuances de uma narrativa épica. Fabíola, levantadora titular e eleita a melhor da posição na última Superliga, foi preterida e ficou no Brasil. Fernandinha, uma caloura de 32 anos e 1m72 na equipe brasileira, assumiu a titularidade no início da competição mais importante do ciclo, mas logo foi sacada. Entrou Dani Lins, de terceira opção a principal levantadora da equipe que sofria com um problema crônico no setor desde a saída de Fofão. Sem sentir o peso da responsabilidade, ela comandou a distribuição do jogo brasileiro com maestria.


Festa dupla para as bicampeãs Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula Pequeno, Thaisa e Jaqueline. Festa inédita para Dani Lins, Fernanda Garay, Fernandinha, Natália, Tandara, Adenízia. Festa mais do que merecida para Zé Roberto, ou apenas Zé. O único Zé tricampeão olímpico.


Parabéns Guerreiras!

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